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Os desafios dos projetos de capital: como superar barreiras e transformar resultados

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Os desafios dos projetos de capital: como superar barreiras e transformar resultados

Os projetos de capital são fundamentais para o desenvolvimento da infraestrutura, energia, mineração e indústria. No entanto, a complexidade dessas iniciativas leva, frequentemente, a desafios que comprometem prazos, custos e qualidade. 

Dados apresentados na AWP Conference North America de 2022 indicam que 98% dos mega projetos ultrapassam seus orçamentos em até 80%. Além disso,95% falham em atingir ao menos um de seus objetivos estratégicos. Essa realidade destaca a necessidade de reformular a maneira como esses projetos são estruturados e gerenciados.

Neste artigo, apresentamos os principais desafios dos projetos de capital, mostrando como superá-los por meio de práticas inovadoras, gestão integrada, governança colaborativa e tecnologia avançada.

Continue a leitura! 

Projetos de capital: o que são e principais desafios

Projetos de capital são grandes investimentos realizados por empresas e governos para desenvolver ou ampliar ativos físicos como plantas industriais, rodovias, ferrovias e usinas de energia, entre outros. Tais projetos envolvem múltiplos stakeholders e necessitam de um alto nível de planejamento e execução, pois qualquer falha pode gerar grandes prejuízos financeiros e atrasos operacionais.

No planejamento, execução e acompanhamento de obras, é essencial entender os desafios que impedem um alto nível de eficiência nos projetos de capital. A seguir, listamos os principais. 

1. Falta de integração e comunicação entre stakeholders 

Os projetos de capital envolvem diversas partes interessadas internas, incluindo equipes de engenharia, suprimentos, construção, operação, e externas, envolvendo comunidade, fornecedores, executantes e instituições. No entanto, a comunicação entre esses grupos nem sempre é eficiente, levando a desalinhamentos que geram impactos negativos nos cronogramas e nos custos.

Sem uma gestão integrada, informações importantes podem ser perdidas ou repassadas de maneira incorreta, resultando em retrabalho, desperdícios e atrasos. A integração eficaz das equipes desde as fases iniciais do projeto é essencial para garantir um fluxo de informações contínuo, que orienta a tomada de decisões baseada em dados.

Além disso, a implementação de plataformas colaborativas e o uso de tecnologias que permitam a rastreabilidade da informação é vital. Isso porque elas melhoram a comunicação, contribuem para redução de falhas e otimizam processos.

2. Modelos contratuais tradicionais e conflitantes

Os contratos tradicionais tendem a fomentar um ambiente marcado pela adversarial, onde cada parte prioriza a defesa de seus próprios interesses ao invés de trabalhar para o sucesso coletivo do projeto. 

Muitas vezes, penalizações por descumprimento de prazos e escopos inflexíveis geram disputas entre as empresas contratadas e o dono do projeto.

Uma solução para esse problema é a adoção de contratos colaborativos, como o Integrated Project Delivery (IPD) e o FAC-1, que incentivam a transparência e a colaboração entre todas as partes envolvidas. Esses modelos garantem que riscos e benefícios sejam compartilhados de maneira equitativa, reduzindo a tendência de disputas contratuais.

Além disso, a estruturação de incentivos baseados no desempenho e na agregação de valor ao projeto pode motivar os parceiros a trabalharem de forma mais integrada e eficiente.

3. Planejamento deficiente na fase de Desenvolvimento

Durante a fase de desenvolvimento do projeto são definidas premissas fundamentais para o sucesso da execução. Contudo, uma série de falhas são comuns no planejamento, entre elas:

  • Estimativas de custos e prazos imprecisas;
  • Premissas de engenharia que não refletem a realidade da execução;
  • Falta de envolvimento de fornecedores e construtoras na fase inicial;
  • Ausência de análise de riscos robusta.

Na prática, essas falhas tendem a gerar impactos significativos, como mudanças no escopo durante a execução, desperdícios de materiais e aumento nos custos finais. A boa notícia é que a implementação de metodologias Lean e Agile, durante o desenvolvimento dos projetos, pode ajudar a reduzir riscos e otimizar processos.

O uso de simulações digitais e ferramentas preditivas proporciona um planejamento mais realista e alinhado à execução prática.

4. Uso insuficiente da tecnologia na gestão

Apesar do avanço das ferramentas digitais, muitos projetos de capital ainda são gerenciados com processos manuais e planilhas isoladas. Isso gera inconsistências nos dados e dificulta a visualização do progresso do projeto em tempo real .

O uso de BIM (Building Information Modeling), AWP (Advanced Work Packaging) e a automatização de processos pode transformar a gestão, proporcionando maior previsibilidade, melhor controle das informações e aumento da eficiência. A integração dessas tecnologias com sistemas de monitoramento remoto e inteligência artificial traz um nível ainda maior de precisão e previsibilidade.

Além disso, o uso de dashboards interativos e análises de Big Data permite um monitoramento mais ágil e eficaz dos indicadores de desempenho do projeto.

5. Gestão ineficiente de materiais e logística

A entrega de materiais fora de sequência, armazenagem inadequada e falta de rastreabilidade são problemas comuns que afetam negativamente a produtividade da construção.  De outro modo, as entregas antecipadas que ocupam espaço desnecessário e os atrasos críticos de equipamentos também impactam diretamente o cronograma.

Neste cenário, a implementação de AWP auxilia o direcionamento da fabricação e o fornecimento de materiais conforme a necessidade do projeto. Dessa forma, é possível otimizar a logística, garantindo um fluxo de trabalho mais eficiente e previsível. 

Além disso, sistemas de rastreamento baseados em IoT podem oferecer um controle mais preciso sobre a movimentação e utilização dos materiais.

Igualmente importante, a digitalização da cadeia de suprimentos tende a  aumentar a transparência e confiabilidade da gestão de materiais.

6. Orçamentos subestimados e falta de controle financeiro

Muitos projetos ainda utilizam estimativas baseadas em Composições de Preço Unitário (CPUs) históricas, sem considerar os fatores específicos de cada obra. Isso resulta em desvios significativos entre o orçamento inicial e os custos finais.

Para evitar esse problema, as estimativas devem ser baseadas em pacotes de trabalho reais, utilizando dados integrados de engenharia, suprimentos e construção para obter previsibilidade mais assertiva. A digitalização dos processos e o uso de Business Intelligence (BI) na análise de custos trazem maior precisão para o planejamento orçamentário dos projetos de capital.

Por sua vez, a implementação de metodologias de análise de valor agregado (EVM) pode melhorar significativamente o controle financeiro ao longo do projeto.

Conclusão

Os desafios dos projetos de capital exigem mudanças profundas na forma como esses empreendimentos são planejados e executados. A adoção de soluções como a Gestão Integrada e Governança Colaborativa pode transformar o setor e garantir maior eficiência e previsibilidade. Ela é formada por 4 pilares, são eles:

  • Otimização de Processos
  • Colaboração em Contratos
  • Organização e Accountability
  • Gestão Integrada e Ativo Digital

A Verum Partners está comprometida com essa transformação e trabalha para desenvolver soluções que impulsionem a evolução dos projetos de capital. Quer saber mais sobre como otimizar os seus projetos? Acompanhe nosso blog e conecte-se conosco!

Autora: Fernanda Moreira, Senior Project Leader na Verum Partners

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