Governança colaborativa: o que é, importância e como aplicar
Para a gestão e resolução de problemas públicos complexos, a governança colaborativa é a abordagem ideal. Impulsionada pelos princípios de inclusão, equilíbrio de poder, sustentabilidade, responsabilidade e prestação de contas mútuas, valores compartilhados, regras e motivação.
No escopo da governança colaborativa, uma série de processos são importantes. Monitoramento de ações, feedback, consultoria, coordenação e compartilhamento de recursos e informações são práticas que fazem parte dessa abordagem.
Neste artigo, apresentamos o conceito, a estrutura e algumas dicas de governança colaborativa.
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O que é governança colaborativa?
Para a gestão e resolução de problemas complexos, a governança colaborativa é a abordagem ideal. Impulsionada pelos princípios de inclusão, equilíbrio de poder, sustentabilidade, responsabilidade e prestação de contas, valores compartilhados, regras e motivação.
No escopo da governança colaborativa, uma série de processos são importantes. Monitoramento de ações, condução de feedback estruturado, consultoria especializada, coordenação e compartilhamento de recursos e informações são práticas que fazem parte dessa abordagem.
Neste artigo, apresentamos o conceito, a estrutura e algumas dicas de governança colaborativa.
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Princípios de governança colaborativa
Para pensar em governança colaborativa, é preciso antes conhecer os princípios que orientam esse modelo de gestão. Veja os principais:
- Transparência e responsabilidade: as decisões são tomadas após uma avaliação clara dos potenciais impactos, de maneira transparente e responsável;
- Equidade e inclusão: todos os interessados têm importância e estão dispostos a contribuir para a solução;
- Eficácia e eficiência: as ideias, propostas e soluções são testadas para garantir que façam sentido prático;
- Responsividade: as demandas, dores e preocupações do público são abordadas de forma autêntica por aqueles que conduzem a gestão colaborativa;
- Neutralidade do fórum: diferentes perspectivas são bem-vindas, de modo que, na governança colaborativa, o processo em si não tem viés predefinido;
- Baseado em consenso: as decisões são tomadas por consenso, em vez da regra da maioria.
Qual é o principal objetivo da governança colaborativa?
A governança colaborativa pode ser aplicada em uma empresa para estruturar e institucionalizar a colaboração de maneira inteligente e eficaz, já que essa abordagem é considerada crítica para alcançar o sucesso e o desempenho.
Quando a empresa decide contar com o suporte de uma consultoria empresarial e investir na implementação de arranjos de governança colaborativa, ela começa a ganhar uma consciência mais profunda sobre o processo e a estrutura que melhor funcionam para sua gestão.
Ao escolher a governança colaborativa, os gestores também devem conhecer estratégias de gerenciamento ativas e inteligentes, bem como ter clareza sobre os papéis de liderança e a contribuição de cada profissional para o amadurecimento e a performance da equipe.
Para empresas que buscam consolidar um modelo de gestão centrado nas pessoas e orientado para o alcance de métricas de impacto social, a exemplo do alcance dos Objetivos de Desenvolvimento Sustentável (ODS), a governança colaborativa é a abordagem ideal.
Na prática, a governança colaborativa permite a empresa organizar e gerir as iniciativas de ESG, de modo estruturado, organizado e legítimo, com a anuência dos parceiros envolvidos nas iniciativas, ações e projetos.
Como funciona a governança colaborativa, na prática?
Agora que você já sabe o que é governança colaborativa e conhece os princípios desse modelo de gestão, precisa entender também como ela funciona.
Por isso, apresentamos, a seguir, alguns passos importantes. Veja só:
#1 Defina uma estrutura de governança colaborativa
As estruturas de governança serão sempre diferentes e adaptadas, conforme as características da realidade local. Se você estiver trabalhando uma estrutura de governança colaborativa, pense nas estratégias e metas exclusivas, considerando:
- Escala
- As organizações e comunidades envolvidas
- O contexto local.
Uma estrutura de governança colaborativa deve avaliar sempre as funções e pontos fortes de cada parte interessada. Além disso, é importante também estabelecer uma base para a ação colaborativa.
A governança colaborativa influencia o processo de tomada de decisões políticas e operacionais. De outro modo, ela também muda as políticas e fornece uma estrutura para cooperação e implementação de estratégias, com o suporte dos parceiros envolvidos. Por isso, o próximo passo é tão importante.
#2 Descreva os elementos-chave da governança colaborativa
Cada iniciativa precisa de uma estrutura de governança colaborativa única, que pode incluir alguns elementos centrais. São exemplos práticos de governança colaborativa:
Criação de um comitê de sustentabilidade
Formado por representantes de diversas áreas e parceiros estratégicos, o comitê tem a função de monitorar e orientar práticas de sustentabilidade da empresa, que devem ser acompanhadas e mensuradas para avaliação de impacto social e divulgação dos resultados.
Construção de parcerias estratégicas
Os profissionais que atuam na gestão colaborativa devem mapear potenciais parceiros como outras empresas, universidades, ONGs que podem colaborar com soluções, propostas ou projetos inovadores. No escopo da governança colaborativa, o esforço é voltado também para conquistar novos parceiros que assumam o compromisso de contribuir para o desenvolvimento sustentável de determinado setor.
#3 Crie um grupo estratégico de governança colaborativa
Responsável pela direção-geral e pela estratégia da abordagem baseada no local, o grupo, geralmente um comitê ou conselho, é formado por profissionais com autoridade de tomada de decisão e representantes da comunidade.
Uma opção é criar também um grupo consultivo separado e mais local. A sua função é reunir e relatar as opiniões da comunidade ao grupo estratégico de governança e comunicar as decisões para a comunidade.
#4 Crie grupos de governança colaborativa operacional
Para supervisionar a implementação prática da governança colaborativa, é possível incluir subgrupos, como subcomitês, grupos de ação, grupos de referência, grupos de trabalho, que abordam diferentes objetivos ou aspectos.
Dessa maneira, cada subgrupo pode contribuir regularmente com informações e ideias para o grupo de governança operacional e escalar problemas ou riscos conforme necessário.
Com conhecimento detalhado e responsabilidade pela implementação das atividades da empresa ou projeto, os grupos de governança colaborativa operacional se movimentam para a execução das atividades e se responsabilizam pelo alcance dos objetivos predefinidos.
Governança colaborativa: 4 boas práticas
Até aqui, já vimos o que é e como funcionam a governança colaborativa, abordagem especialmente relevante para empresas que atuam em setores como óleo e gás e mineração, que geram impactos nas comunidades e no meio ambiente.
Agora, confira algumas boas práticas que você deve ter em mente, para manter a governança colaborativa.
Uma governança colaborativa forte e eficaz é construída aos poucos
Para ter sucesso nessa abordagem, é importante dedicar tempo e recursos adequados para se conectar com as partes interessadas e, assim, desenvolver uma compreensão compartilhada dos desafios e uma agenda comum. A estrutura de governança colaborativa deve refletir essa abordagem.
Os mecanismos e relacionamentos formam a base da estrutura de governança colaborativa
A estrutura de governança deve ser objetiva, eficiente e direta. Portanto, é importante pensar em como construir um mecanismo de governança para maximizar as oportunidades por meio de redes, conexões e estruturas existentes.
Se a companhia de mineração atua ao lado de uma aldeia indígena, como conversar com essa tribo, de modo que ela também se sinta contemplada pela gestão?
É preciso adaptar a estrutura de governança colaborativa dependendo do contexto. Sempre considere a história local, as relações e as dinâmicas de poder na empresa, no setor e na comunidade.
A governança colaborativa deve ter processos definidos e ser flexível
Os modelos de governança colaborativa devem fornecer estrutura e estabilidade, ao mesmo tempo em que se mantêm flexíveis e receptivos sendo vistos como fontes confiáveis de orientação, tomada de decisões e direcionamento de recursos.
Embora pareça desafiador, é possível, sim, criar processos claros e completos, mantendo sistemas bem organizados e comunicação eficiente entre todos os envolvidos.
Mapeie as partes interessadas para garantir uma representação diversificada
Com as partes interessadas mapeadas e identificadas, você pode entender qual é o nível de representação e envolvimento de cada participante. Para tanto, pense em qual posição as pessoas ocupam e o que elas podem oferecer em termos de recursos, conhecimento, conexões e autoridade, bem como quem elas representam.
Por exemplo, pode ser relevante incluir o diretor-executivo de uma organização para visão estratégica, um gerente de operações para aspectos de gestão operacional ou um líder para conhecimento sobre a implementação de uma metodologia.
O essencial é que todas as partes interessadas estejam bem representadas na governança colaborativa. É com a contribuição de todos que os projetos ganham real sentido e geram valor para o negócio.
Governança colaborativa como solução para mudanças rápidas e cenários complexos
A transformação digital, os impactos de uma operação empresarial, os problemas ambientais complexos e os aspectos relacionados à liderança, gestão de pessoas, marco regulatórios, uso de novas tecnologia e financiamento, são apenas alguns dos fatores que precisam ser geridos com sucesso pelas organizações de diferentes segmentos.
Nesse cenário, a governança colaborativa surge como a abordagem ideal para apoiar a tomada de decisão coletiva e ajudar as partes interessadas a desenvolverem políticas ou prioridades compartilhadas.
O principal objetivo da governança colaborativa é viabilizar o encontro de propósito, a soma de forças e trabalho conjunto, para que todas as partes interessadas trabalhem juntas de maneira produtiva e próspera.
A governança colaborativa fornece a abordagem ideal para melhorar a qualidade das decisões tomadas pelos gestores de negócios, enquanto mantém conexão com a comunidade e os parceiros estratégicos.
A construção de uma estratégia corporativa e de governança colaborativa consistente e clara, combinada com a tomada de decisão ética, constrói empresas sustentáveis que criam valor de longo prazo com mais eficiência.
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