Um panorama do Setor de Óleo e Gás
Um panorama do Setor de Óleo e Gás
O setor de Óleo & Gás é extremamente importante para a economia mundial, sendo uma das principais matrizes energéticas do mundo. No Brasil, o segmento tem papel de destaque na economia, tendo relevância na arrecadação de impostos e investimentos em infraestrutura, sendo responsável por cerca de 15% do PIB industrial no país.
A indústria de petróleo se constitui de várias atividades que se integram ao longo da cadeia produtiva, e está dividida em três principais áreas de atuação, sendo UPSTREAM – exploração, desenvolvimento e produção de petróleo (e/ou gás), MIDSTREAM consiste nas atividades de transporte (que podem se realizar via oleodutos/gasodutos, navios/barcaças e em menor quantidade pelos modais ferroviário e rodoviário. E DOWNSTREAM: atividades de refino, distribuição aos pontos de venda e marketing. Considera-se “integrada” a empresa que possui atividades significativas de upstream e downstream.
Atualmente, o Brasil é o 9º maior produtor mundial de petróleo e o 8º maior consumidor e exportador de petróleo e derivados do mundo, permanecendo relevante entre as maiores economias no setor. A América Latina respondeu por mais de 40% das descobertas globais de petróleo desde 2020. Desse total, cerca de 40% foram no Brasil, o que reforça a representatividade do país no segmento. Diante do cenário atual, as projeções futuras demonstram aumento nos investimentos e priorização das atividades em águas profundas e ultra profundas, estimando-se que o Brasil aumente sua produção de petróleo em 70% até 2035 e tem potencial para duplicar a produção nacional de gás até 2030.
As iniciativas voltadas à transição energética e descarbonização são impulsionadores diretos e indiretos na cadeia de produção de óleo & gás. O setor está investindo em energia eólica off shore, produção de hidrogênio, captura de carbono e iniciativas de biorefino. Além de aumentar a eficiência operacional e capacidade de produção, o setor busca iniciativas de modo a viabilizar o gás como matriz renovável e direciona esforços em pesquisa e desenvolvimento para soluções de baixo carbono.
O momento atual projeta bons próximos anos para o óleo e gás no Brasil, com uma fatia mais concentrada na fase de Exploração e Produção, que irá acelerar o desenvolvimento da cadeia de fornecimento de matéria prima renovável, maximizando o potencial logístico de distribuição e elevando a geração de valor com maior eficiência das suas operações, desde os processos internos até a aplicação de soluções digitais.
No mercado global, as empresas se direcionam para a segurança energética, garantindo as produções nos campos nativos e de maior consumo e com decisões estratégicas que aproveitam o momento global com alto níveis de investimentos concentrados no Oriente Médio, América do Sul, Europa Ocidental e América do Norte.
Desafios e dificuldades do setor
Descomissionamento
Segundo o Instituto Brasileiro de Petróleo e Gás (IBP), o principal desafio do descomissionamento é a definição da alternativa de projeto que melhor equilibre os diferentes fatores associados à atividade de desmobilização do sistema de produção a ser descomissionado. O IBP destaca ainda que as regras de descomissionamento no Brasil avançaram com a publicação da resolução ANP 817/2020, que estabelece os requisitos para avaliação e planejamento dos projetos. De todo modo ainda não há, em âmbito nacional, uma legislação específica, consolidada e sólida sobre o assunto, tampouco um caderno de boas práticas, circunstância que implica numa carência de normas, especialmente no tocante à perspectiva ambiental.
Melhorar Retorno dos Investimentos (Infraestrutura Nacional)
De maneira que seus volumosos investimentos e projetos tragam o retorno esperado, pela indústria, principalmente no cenário nacional e consolidando uma gestão mais integrada e eficiente o setor enfrentará um parque industrial, composto por estaleiros e canteiros de montagem com baixa produtividade e com infraestrutura limitada. De maneira que hoje é um desafio que estes fornecedores e outros da cadeia de suprimentos sejam capazes de atender às demandas impostas pelos investimentos previstos.
No contínuo avanço na gestão de portfólio e projetos, a Petrobras vem incentivando a aplicação de métodos ágeis como meta de seu plano estratégico, aumentando o desafio para as empresas do setor em transformar sua cultura, adaptar os seus processos e melhorar suas entregas.
Redução de Custo Operacional
A começar pela redução dos seus custos operacionais, aumentando a previsibilidade das suas complexas operações e o desempenho de seus ativos de base industrial. A Redução dos Investimento em Dowstream é uma dificuldade que deverá ser considerada, de maneira que as refinarias existentes no país impõem limitações em sua capacidade de suportar os altos investimentos em exploração e produção.
Incentivo governamental e Conteúdo Local – Governo Federal
No Brasil, as empresas do setor, mais especificamente de E&P, precisam estabelecer uma parceria mais eficaz com o governo federal, para obter incentivos governamentais para alavancar o desenvolvimento de toda a cadeia de suprimentos da indústria, revendo às políticas de conteúdo nacional, pois fornecedores nacionais ainda possuem baixa produtividade em comparação a outros países aumentando o custo de construção e fornecimento de unidades de Sondas de perfuração e de produção FPSOs, por exemplo.
Escassez de mão de obra
A indústria de Óleo e Gás também enfrentará dificuldade em desenvolver uma cultura de alta performance buscando, treinando e mantendo talentos. Nos últimos anos houve uma fuga de profissionais qualificados devido a diminuição das oportunidades dentro da indústria.
Tecnologia e Digitalização
A incorporação de avanços tecnológicos é também um fato a ser considerado. Antes, a digitalização de processos se associava apenas aos processos da cadeia de UPSTREAM, porém, nos últimos anos, a necessidade de coleta, tratamento e integração de dados e informações se tornou extremamente necessária também na área de Gestão de Ativos e em toda a cadeia de projetos do setor.
Transição Energética
A Indústria de energia está buscando se posicionar de forma equilibrada considerando a importância de evoluir tanto na agenda de segurança energética quanto na de transição energética, ampliação da carteira de projetos com foco no Desenvolvimento Sustentável e Autonomia das comunidades. O mercado eólico onshore do Brasil é bem desenvolvido, mas a cadeia de suprimentos é relativamente limitada a algumas empresas, com um único fornecedor nacional de turbinas com pequena participação no mercado. Apesar do otimismo geral, a energia eólica offshore é uma das tecnologias mais intensivas em capital e tecnicamente complexas entre as alternativas de energia renovável no futuro portfólio brasileiro de geração de energia. É preciso também estabelecer, neste cenário, um portfólio de projetos cada vez mais eficaz e integrado com os conceitos de ESG para melhorar sua pegada ambiental as metas agressivas de redução de emissões de carbono, fazem com que este setor seja um dos mais pressionados a avançar em práticas de ESG.
Governança e Compliance
Outro desafio importante é o fortalecimento da confiança dos seus investidores; confirmando a constante evolução das políticas de governança e compliance estabelecidas após os casos de corrupção do passado.
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