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A Transformação Digital e os Desafios da Indústria de Papel e Celulose
O país atravessa um momento singular no setor de base florestal, com a demanda crescente por celulose, papéis para embalagem e do tipo tissue, e a implantação de projetos de grande porte. Para entender melhor os fundamentos por trás deste cenário, e as perspectivas futuras para o setor, compartilhamos nos próximos parágrafos alguns dados de referência e informações interessantes.
Na sua edição de março de 2021, a revista “O Papel” aborda os já conhecidos impactos da pandemia, que resultaram em uma desorganização da cadeia produtiva, aumento dos preços e um desequilíbrio entre a oferta e a demanda; apesar disso, o setor reagiu bem e conseguiu se adaptar à nova realidade em prazo muito curto.
Os produtos gerados a partir de biomassa se mostraram fundamentais nesse período, muito em função do crescimento nas vendas de varejo online, do crescimento no consumo lenços e papéis higiênicos (aumento de 1,4% em 2020, que foi potencializado pela forte interligação com o setor hospitalar e químico) e do aumento das exportações de papel cartão. Adicionalmente, a produção de celulose subiu 6,4% em 2020 (segundo maior volume histórico de produção, de acordo com o IBÁ – Indústria Brasileira de Árvores).
Segundo o Empapel, as perspectivas para 2021, geradas a partir de estudos da FGV, apontam um crescimento de 4,6% no setor de ondulado e embalagens, no cenário moderado. Vivenciaremos também o startup de grandes projetos, como a Fase I do Puma II e o Projeto de Três Barras da West Rock, que deverão contribuir para o aumento das exportações brasileiras de embalagem e papel ondulado. Espera-se também a criação de novas embalagens de papel, observando um nível maior de customização e incluindo novos mercados e produtos.
Todo este movimento traz esperança para um setor considerado essencial para a economia nacional (representa 1,3% do PIB nacional e 6,9% do PIB industrial, em 2019) mas ainda existem alguns gargalos a serem superados, tais como a necessidade de investimentos em infraestrutura logística, carga tributária complexa e custos de produção elevados.
A competitividade futura das grandes empresas passa pela superação desses desafios e pelo entendimento do seu modelo futuro, que envolve:
- Estabelecimento de um modelo de produção mais verde;
- Pesquisa e desenvolvimento de novos materiais e soluções. Como exemplo, podemos citar a celulose solúvel, que é uma alternativa de matéria-prima de origem fóssil possível para diversos produtos de indústrias como têxtil, farmacêutica, alimentícia, entre outras;
- A utilização de nano e a micro celulose como alternativas para a substituição de resinas plásticas.
Vale a pena ainda mencionar o estudo conduzido pela Área de Indústrias de Base do BNDES, que projeta um arranjo das plantas de celulose no futuro, que poderão migrar para um formato de biorefinarias, integrando novos produtos e matérias-primas ao seu core, conforme tabela abaixo:
Ontem | Hoje | Amanhã | Fábrica de Celulose do Futuro |
Um produto | Um produto | Um produto + produção experimental de novos produtos | Um produto principal + produção vários produtos de valor agregado |
Compra de energia | Venda de alguma energia | Maximização das vendas de energia | Balanceamento do valor de venda de energia vs valor de venda dos novos produtos |
Uma matéria-prima | Uma matéria-prima + alguns resíduos | Uma matéria-prima + mais resíduos | Várias matérias-primas + vários resíduos |
A fábrica de celulose do futuro -AIB BNDES
A celulose brasileira é hoje muito competitiva, e tem se beneficiado das altas nos preços e da desvalorização da moeda, mas é saudável olhar para frente e imaginar o modelo de negócio futuro. Para continuar relevante em 10, 15 ou 20 anos é importante executar os projetos certos, que entregarão a estratégia e o ROI adequados.
Esta jornada de transformação será, sem sombra de dúvida, estimulante e desafiadora. Nós, da Verum Partners, contamos com um time experiente e pronto para ajudá-los a alcançar seus objetivos, podendo compreender:
- Para o estabelecimento de um modelo de produção mais verde;
- Desenvolvimento e otimização de business case;
- Visão do ecossistema na alavancagem de aspectos ESG, socioeconômicos e ambientais em todo ciclo de vida do Projeto; e
- Aplicação de mindset lean e ágil na busca pela eficiência e produtividade; e
- Engajamento das partes interessadas.
- Para a pesquisa e desenvolvimento de novos materiais e soluções
- Experiência em gestão e monitoramento de portfólio de projetos;
- Estratégia de entrega e modelo de seleção de iniciativas;
- Projeto piloto e planejamento de transição; e
- Soluções digitais de apoio a tomada de decisão, reporting e analytics;
E você, o que acha? Qual a sua opinião?
Autor: Marcio Barroso, Manager of Capital Projects and Infrastructure na Verum Partners.
A Verum Partners tem larga experiência em implantação de Cultura Ágil, BIM, Lean e metodologia AWP como a base para o gerenciamento de seus projetos, explorando a capacidade dessa metodologia de abranger todas as áreas de conhecimento e níveis de gerenciamento, sendo base para a integração entre engenharia, suprimentos, construção e comissionamento. Temos os melhores profissionais do mercado. Somos parceiros de verdade na alavancagem dos seus negócios! Entre em contato com a gente e agende uma apresentação!