Os mundos físico e digital se integram cada dia mais, gerando uma expressão que tem se tornado frequente para quem atua em METAVERSO, o mundo “FIGITAL”. O METAVERSO pretende alterar a forma com a qual lidamos com as experiências digitais. Assim como foi no passado, com a grande transformação ocasionada pela internet.

metaverso

Grandes empresas consideradas promissoras e consolidadas no passado, desapareceram da existência em um piscar de olhos, em função da obsolescência de seus produtos, decorrentes dos avanços tecnológicos gerados com surgimento da internet. Por isso, é fundamental o acompanhamento e engajamento no processo de transformação digital, tendo em vista que, da mesma forma que utilizamos a internet em nossa rotina e atividades atualmente, assim será com o METAVERSO amanhã.  

Apesar do METAVERSO ainda parecer um futuro distante, já está movimentando um mercado muito promissor, que em alguma medida, ainda que pareça uma grande novidade, já está presente de alguma forma em nossas vidas. 

Ainda que o ambiente METAVERSO seja desconhecido para a grande maioria das pessoas, e até mesmo questionado por quem defende a “vida real”, é sabido que as possibilidades serão infinitas, de se criar toda uma existência em um mundo paralelo. Sem entrar no mérito de como se dará os desdobramentos nas nossas vidas futuramente, um fato não pode deixar de ser considerado, negligenciar esse movimento será altamente prejudicial para as pessoas e os negócios. 

Assim tem sido com ESG, sigla que integra os eixos Ambiental, Social e Governança (Environmental, SocialandGovernance), um termo que ganhou muita relevância nos últimos anos, que demonstra uma necessidade de um olhar ampliado no desenvolvimento dos negócios, para além das questões econômicas. O ESG vem de um movimento de algumas décadas, cuja origem foi a busca por um desenvolvimento sustentável, que fosse capaz de suprir necessidades das gerações atuais, sem que a capacidade de atendimento das necessidades das futuras gerações fosse comprometida. 

E então, qual a relação entre esses dois termos? O METAVERSO evoluiu da INTERNET, assim como o ESG evoluiu do DESENVOLVIMENTO SUSTENTÁVEL e ambos ganham maior tração se houver conexão com a transformação digital.  

O METAVERSO pode ser um grande aliado em antecipar riscos e oportunidades, planejamento e estratégias de implementar ações práticas de ESG nos negócios, em um ambiente de simulação da realidade. Uma equipe multidisciplinar pode trabalhar em conjunto de qualquer lugar do mundo, em um ambiente comum de dados, projetando e planejando um empreendimento no METAVERSO, com todos os detalhes e compatibilização de projetos, antes de começar a construção no mundo real, conectando com as melhores práticas de ESG, com mensuração de desempenho para alcançar metas de sustentabilidade dos negócios.  

Ao construirmos uma agenda de Responsabilidade Empresarial é importante olhar para as questões ambientais, sociais e de governança para que tenhamos a percepção dos impactos e como realizar a gestão sobre eles, reduzindo os impactos negativos e potencializando os benefícios dentro da cadeia de valor da organização.  

Endereçar os temas ESG é atuar de maneira disruptiva, repensar as formas de desenvolver negócios, entender a capacidade de suporte do planeta e os debates que orbitam o setor de atuação da organização, os frameworks atuais nos permitem realizar estes estudos que contribuem para o planejamento estratégico das empresas.  

A evolução dos modelos digitais auxilia estudos climáticos cada vez mais robustos, como exemplo temos o “IPCC WGI Interative Atlas” onde e é possível realizar simulados dos impactos das mudanças climáticas em um “planeta Terra gêmeo” digital.   

Atualmente, a ENGENHARIA DIGITAL já é capaz de agregar as soluções de ESG em um ambiente multidisciplinar e patrocinaria uma futura integração com o METAVERSO, o que levaria o usuário para dentro do ambiente, de forma interativa, permitindo a construção de inúmeros cenários e alternativas para apoiar tomada de decisão nos negócios. 

O METAVERSO permite transacionar TOKENS NÃO-FUNGÍVEIS – NFT (obras de artes, músicas, capas históricas de revistas, ativos digitais) e CRIPTOMOEDAS (meio oficial de pagamento dentro do METAVERSO, permitindo que usuários comprem itens para seus avatares), ou seja, um ecossistema com infinitas possibilidades de transações econômicas, o que diferencia dos ambientes de realidade virtual ou aumentada.  

Por outro lado, ainda que demonstre ser um mercado altamente promissor, que já movimenta uma economia e atrai investimentos de toda ordem, caso não haja uma regulamentação eficiente, pode propiciar a propagação de crimes cibernéticos. Muitas dúvidas associadas à proteção de dados dos usuários, violação de privacidade, propagação de discurso de ódio e até crimes com criptomoedas já começaram a surgir dentro de METAVERSO. Por isso, espera-se que as externalidades negativas sejam minimizadas, para que as externalidades positivas possam agregar valor para os negócios. 

Ao falar de METAVERSO é fundamental conectar com temáticas relacionadas ao eixo GOVERNANÇA e SOCIAL, da sigla ESG. Sobre o ponto de vista SOCIAL, a conexão pode se dar em relação a segurança, preocupações com clientes e comunidade, enquanto o ponto de vista de GOVERNANÇA conecta com ética, transparência, equidade e políticas de combate a corrupção. 

A maior discussão hoje em relação ao METAVERSO é se haverá um sistema aberto, assim como é a internet, ou se será um sistema fechado, tal como iOS e App Store (sistema operacional e plataforma de aplicativos da Apple), por exemplo. Quem desvendar essa tecnologia, certamente levará uma fatia relevante do mercado. 

Enquanto acompanhamos todo esse movimento, na Verum Partners temos especialistas com as expertises necessárias para promover negócios que conectem com as melhores práticas de ESG associadas à INOVAÇÃO e ENGENHARIA DIGITAL. 

 

Autora: Fernanda Faria, ESG Consultant na Verum Partners.