Imagine criar uma empresa do zero, sem uma equipe composta, sem estrutura física, ainda sem uma cultura formada e sem nenhum processo desenhado. Agora, insira neste cenário, esta mesma empresa ter como objetivo entrar em operação em 6 meses assumindo uma concessão para operar os serviços de água e esgoto em 34 municípios por 35 anos. Este foi o desafio que a Verum Partners não hesitou suportar seu cliente da melhor forma que sabemos, sendo parceiros de verdade e prestando um serviço de excelência. O objetivo foi cumprido em sua integra: alguns poucos dias antes do previsto, a nova empresa já estava operando em toda sua abrangência e faturando. Um marco para todos nós, e uma referência para o setor de saneamento.
Tudo se inicia em vencer um leilão de concessão de uma oferta pública, momento em que os acionistas assumem o investimento bilionário para cobrir a outorga. É a partir deste momento que surge a necessidade do Hub Integrador.
O Hub tem como objetivo principal integrar através da atuação na camada tático-estratégica, estruturando todo o planejamento, compartilhando responsabilidades de execução e coordenação das atividades até a completa assunção da nova concessão.
Começamos pela governança mínima, estruturação organizacional, passando por tecnologia, jurídico, suprimentos, sustentabilidade, além de coordenar as iniciativas da operação, comercial e a própria área de comunicação.
Para vencer o tempo, pois um projeto em que a assunção da concessão é de apenas 6 meses, a aplicação de novas filosofias, como a Ágil, torna-se fundamental. Organizar o time em tribos e squads, aplicar os rituais e cerimonias do próprio Ágil e do Lean dão velocidade e vazão no cumprimento das atividades de forma surpreendentes.
E aproveitar e transmitir o conhecimento da metodologia para a nova empresa que está se formando torna-se uma obrigação para a Verum e este conhecimento vai além capacitar as pessoas em onboarding, simulações, mas também na utilização de ferramentas digitais e softwares modernos.
Aplicação da metodologia Lean, conseguimos entender o fluxo de valor conectado aos grandes objetivos do cliente. A War Room para gestão do Take Over como direcionador de ações diárias e indicadores estratégicos
Toda gestão é focada em objetivos comuns, dando autonomia para as frentes que são conduzidas por decisões tomadas no estratégico e atividades mapeadas nas sprints. Além disso, o feedback é curto e por isso ajustes de rotas são realizados a todo tempo sem impactar a entrega.
A liderança tem participação ativa e visível durante todo o processo, e a construção de coalisões de patrocínio entre os pares e gestores somado a uma comunicação fluida traz o engajamento e facilita romper dificuldades tais como um time todo novo construindo uma nova empresa.
Acreditamos que um dos maiores valores que proporcionamos para este projeto foi trabalhar com uma equipe 100% colaborativa, extremamente flexível e adaptativa para ajustar as prioridades de acordo com a demanda, trabalhando como uma fonte integradora que conseguiu conectar todas as disciplinas, pilares e pessoas da nova empresa que estava sendo criada.
As entregas em curtíssimo prazo são essenciais, para não mencionar obrigatórias em um contexto como este. Seguir o plano através de sprints exige uma disciplina fora da média quando se trata de treinar e qualificar os times em paralelo, durante o projeto, à medida que ele é contratado e integrado a nova empresa com novos processos.
Outro ponto muito importante é a velocidade de desdobramento das informações do nível estratégico, neste caso o Conselho Administrativo e Diretoria, para o nível tático e operacional. Dashboards são estruturados e remodelados de acordo com a evolução e maturidade do novo negócio que está se formando. Não existe uma receita a ser seguida à risca e a percepção e adaptação conforme as necessidades do cliente se torna uma premissa.
Uma governança mínima é estabelecida para dar a base e a sustentação dos macroprocessos que foram estabelecidos e recém-criados, mas tudo sem uma rigidez comum de uma grande organização, pois a agilidade, integração e colaboração ainda são as prioridades deste projeto.
Chegando na reta final, já com os riscos mapeados e sendo controlados por dashboards iterativos, profissionais com autonomia e responsabilidades bem definidas, atividades sendo executadas e acompanhadas a um ritmo cadenciado, partimos para a estruturação de uma Sala de Guerra (War Room). A War Room apresentou um sólido processo de gestão de crise, ou seja, planos alternativos reais para possíveis falhas que poderiam ocorrer e impedir ou impactar o Take Over, ou seja, o início da operação da nova concessionária em substituição da empresa estatal responsável pelo saneamento do bloco licitado.
O modelo do Hub integrador precisa ser incorporado por completo no projeto, pois acelera os resultados e responde a necessidade do cliente/operação por meio de uma completa transformação da sua cadeia e rede de valor. O fator que comprova se estamos no caminho certo é a forma de trabalho orgânica entre o cliente, consultores e, é claro, o atingimento dos marcos de sucesso do projeto.
Trabalhamos para erguer pontes que conectem parceiros, construímos relações sólidas e tiramos do papel ideias que parecem impossíveis. Somos parceiros de verdade.
E não vamos parar por aqui. Vamos continuar indo além. Transformando e inovando o mercado para entregar as melhores experiências, fazendo da excelência um hábito.
Autor: Thiago Mariano Diretor de Projetos de Capital e Infraestrutura na Verum Partners.