ESG e Transformação Cultural: como identificar se sua empresa está realmente preparada
Muito se tem falado sobre a incorporação de requisitos ESG no modelo de negócios. Contudo, quando observamos com cautela, nem sempre as organizações têm se preparado, de fato, para conduzir essa pauta como um processo de transformação cultural estruturante. Nem sempre esse comportamento é fácil de detectar e por vezes podemos ser enganados sem percebermos.
Como identificar a falsa sustentabilidade
Mas, afinal, como identificar esta falsa sustentabilidade? A seguir, listamos algumas dicas que podem ajudar:
Observar o posicionamento das lideranças organizacionais
A mudança de chave para a transformação cultural está nas lideranças. Não necessariamente nas alçadas mais altas, pois o desdobramento precisa abranger toda a empresa. Logo, se não existe um comportamento sistêmico explícito, pode ser um indicativo de uma pauta superficial;
Observar onde o tema é endereçado na estrutura organizacional
Muitas vezes, pode não passar da pauta de marketing ou ser tratado como um departamento à parte, sem função no fluxo de valor da empresa. Também conhecido como “puxadinho”.
Mesmo que o conceito de materialidade não seja do conhecimento de todos, fique atento se:
- A pauta ambiental se resumir às mudanças climáticas;
- A pauta social se resumir à diversidade e inclusão;
- A pauta de governança se resumir a relatórios bem diagramados;
- O uso de temas e jargões da moda é usado em uma abordagem reducionista. Essa é uma estratégia comum para desviar foco e atenção dos observadores.
Conheça minimamente os processos envolvidos.
Ainda no âmbito da materialidade, é muito comum a importação de pautas estrangeiras midiáticas. O que pode acontecer, entretanto, é que nem sempre tais abordagens são aplicáveis aos impactos e ao contexto territorial ou da cadeia de valor da empresa em questão.
Tenha uma visão geral dos stakeholders da empresa
Na cadeia de valor, é importante ter uma visão de todos os stakeholders com os quais a organização se relaciona, incluindo clientes, fornecedores, colaboradores e parceiros consultivos. Muitas vezes, boa parte das ações e discursos são elaborados especificamente para o atendimento de um único público-alvo: os investidores.
Observe se existe alguma certificação ou norma específica citada que ratifique as informações
É comum as empresas que, de fato, aplicam boas práticas de sustentabilidade atrelarem suas marcas a chancelas que garantem a integridade e transparência de seus processos.
Portanto, observe a veracidade das informações ou divulgações a partir de selos e certificações de empresas que avaliam e reconhecem as práticas de sustentabilidade de projetos, programas e iniciativas organizacionais.
Adicionalmente às práticas listadas existem várias outras maneiras de se informar e evitar problemas indesejados. A prática de greenwashing¹, além de danos legais, pode prejudicar a imagem da marca junto aos consumidores.
Greenwashing, traduzido como “lavagem verde” ou “maquiagem verde”, é a prática de camuflar, mentir ou omitir informações sobre os reais impactos das atividades de uma empresa no meio ambiente. |
Atualmente, existem no Brasil alguns projetos de lei que visam combater a prática da “maquiagem verde”. A judicialização, entretanto, depende de uma iniciativa dos consumidores, que nem sempre ocorre. Partindo do princípio de que todo consumo é, inclusive, um ato político, ter consciência do que estamos fomentando é não só recomendável, mas nosso dever como cidadãos.
Como a Verum pode ajudar sua empresa a implementar práticas ESG?
A Verum Partners conta com profissionais especialistas em ESG, que podem ajudar sua empresa a alavancar resultados. Com nossa equipe, podemos trazer a pauta ESG como assunto central integrado com AWP, BIM, ÁGIL e LEAN, trazendo muitos benefícios para seus projetos, como:
- Maior eficiência;
- Aumento de produtividade;
- Fluxo de Trabalho Colaborativo;
- Redução de custos;
- Melhoria da qualidade do produto ou serviço entregue.
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Autor: Victor Rodrigues, Sócio Champion ESG na Verum Partners.